Bloquado. A Meta (ex-Facebook para aqueles que ainda não se acostumaram com a mudança) está prestes a perder uma de suas últimas aquisições antes de trocar de nome. Segundo o Financial Times, o conglomerado de Mark Zuckerberg terá de desfazer a compra da Giphy, uma plataforma de animações GIF; um negócio de US$ 315 milhões.

Se isso for mesmo concretizado, será a primeira vez que um grande negócio de tecnologia é revertido pela Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido – o que, claro, abre as portas para ações do mesmo gênero no futuro.

Facebook pagou US$ 315 milhões pelo Giphy em 2020

Facebook pagou US$ 315 milhões pelo Giphy em 2020 – Imagem: divulgação

Entenda a história…

E maio do ano passado, o então vice-presidente de produto do Facebook, Vishal Shah, anunciou que o Giphy se juntaria à equipe do Instagram. O anúncio, no entanto, veio em um momento conturbado com muita gente bastante preocupada com o crescente poder do império de Zuckerberg.

Um mês após o anúncio da fusão, as autoridades regulatórias do Reino Unido revelaram que investigariam a aquisição. Nada a ver com o valor, afinal 315 milhões de dólares é “pouco” se comparado aos 19 bilhões que Zuck pagou pelo Instagram.

O CMA disse que iria avaliar se a aquisição do Giphy reduziria a concorrência nos mercados da empresa. A Autoridade também ordenou que o Facebook não se integrasse ao Giphy enquanto a investigação estivesse em andamento.

Em agosto deste ano, o CMA disse que o acordo causaria “redução substancial da concorrência em mídia social e publicidade gráfica, prejudicando usuários de mídia social e empresas no Reino Unido”. Além disso, disse que o Facebook ganharia uma vantagem injusta sobre outras plataformas que também usam o Giphy, como o TikTok e o Snapchat.

Assim, as autoridades britânicas fizeram uma sugestão: que o Facebook vendesse 100% do Giphy a outro comprador. Zuckerberg não gostou da ideia.

Um ponto final

Em outubro, mês passado, o regulador multou o Facebook em US$ 70 milhões por violar uma ordem imposta durante a investigação e, agora, o CMA está disposto a simplesmente desfazer o negócio. Segundo o Financial Times, isso deve acontecer nos “próximos dias”. A seguir, cenas do próximo capítulo.

Fonte: Financial Times

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