As previsões de melhora no cenário de crise dos chips podem ter ido por água abaixo. Em busca de conter os novos casos de Covid-19, a China acaba de anunciar um novo lockdown em Shenzen, centro de tecnologia e finanças que é conhecido como o “Vale do Silício chinês”.

O bloqueio teve início no último domingo (13), quando a cidade observou 60 novas infecções pelo vírus. Embora o número pareça baixo para uma população de 17,5 milhões de habitantes, Shenzen faz fronteira com Hong Kong, que reportou mais de 32 mil casos de Covid-19 somente no domingo.

Diante disso, o pólo tecnológico da China anunciou um bloqueio total: os funcionários devem trabalhar de casa, caso contrário, todas as empresas devem “suspender a produção”. Apenas a indústria de suprimentos médicos, alimentação e combustível devem seguir no formato presencial.

O comunicado emitido pelo Departamento de Prevenção e Controle de Epidemias de Shenzhen também anunciou que o lockdown tem data preliminar de término no dia 20 de março. Mas a depender da situação sanitária na região, o prazo pode ser estendido por mais algum tempo.

Bloqueio da China deve agravar escassez de componentes

Como resultado, a expectativa é de que o envio de remessas de chips, semicondutores e outros componentes sofram novos atrasos, piorando ainda mais o já conturbado cenário de crise dos chips. Se o lockdown se estender, diversos eletrônicos tendem a ficar sem estoque.

Já estava previsto que a escassez de componentes continuaria em 2022, mas a expectativa era de que o cenário observasse uma melhora, principalmente a partir do 2º semestre — com mais investimentos e mais produção. Agora, o futuro da indústria torna-se muito mais incerto.

A torcida agora é para que a situação sanitária em Shenzen (e na China em geral) se normalize. Posteriormente, com todos em segurança, o foco deve ser redirecionado para medidas em busca de acelerar a produção de componentes, que devem seguir nos holofotes da indústria por mais um bom tempo.

Via: Tom’s Hardware

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