Para alguns, perder um save de Pokémon é motivo suficiente para nunca mais abrir o jogo em seu Game Boy. Mas para outros, o fato pode não ser esquecido mesmo após 15 anos — especialmente se envolver um “adeus” de um Blastoise único no mundo. E, bem, esse último caso é uma triste história do jogador Harry Koeppel.

O triste “sumiço” do Blastoise

Quando ainda era criança (em meados de 2007), Koeppel teve a “brilhante” ideia de executar códigos ao jogo Pokémon LeafGreen, lançado em 2004. Embora cheats sejam contestáveis pela comunidade, o jogador conseguiu fazer com que seu Blastoise superasse o nível 100 — algo impossível no título original.

O problema é que a execução desses códigos provavelmente bagunçaram os dados do cartucho, o que resultou no travamento do console. E ao ligar novamente seu Game Boy, Koeppel notou que seu pokémon favorito tinha sumido e havia sido substituído por um ovo.

Ovo que substituiu Blastoise

Imagem: Reprodução/Nick Robinson

Algo extremamente triste para uma criança de 7 anos? Com certeza, mas que certamente seria superado com o passar dos anos. Mas, bem, Koeppel parece não ter digerido o sumiço de Blastoise e resolveu pedir ajuda ao youtuber Nick Robinson, conhecido por resolver mistérios gamers.

Em busca do pokémon

O youtuber então resolveu ajudar a recuperar o Blastoise de Koeppel. Para isso, ele comprou um dispositivo exclusivo para transmitir dados de um cartucho de Game Boy Advance para o computador e procurou um expert em dados do portátil conhecido como Gary — sim, o mesmo apelido do rival de Ash.

O encontro e todos os processos de recuperação foram registrados em um vídeo de quase uma hora. Em suma, Gary explicou que dados do cartucho haviam sido corrompidos, mas que existia uma esperança para recuperá-los e, talvez o mais importante, resgatar o Blastoise.

O reencontro

Nem é preciso dizer que a tarefa foi mega complicada. Os envolvidos tiveram de “quebrar a cabeça” em diversos processos e desbravar softwares/emuladores que mal devem ser conhecidos pelos gamers. Fato é que depois de muita (muita) busca, eles foram capazes de recuperar os dados do monstrinho.

Blastoise recuperado

Imagem: Reprodução/Nick Robinson

Os indivíduos então transmitiram os dados recuperados novamente para o cartucho para que Koeppel testasse se a tartaruga gigante estava no depósito. E estava. Não com o mesmo level acima dos 100, é verdade, mas nas condições (level 89) em que o pokémon se encontrava antes de derrotar a Liga.

No fim, final feliz para todos: Gary acumulou ainda mais expertise em dados de GBA e Pokémon, Nick Robinson conseguiu mais de um milhão de views com seu vídeo publicado e Harry Koeppel reencontrou seu Blastoise adquirido em 2007.

O caso certamente ficará marcado como uma das histórias mais emocionantes no universo dos videogames.

Via: Nick Robinson

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