Considerado por muitos como um “Windows 10 com ajustes na interface”, o Windows 11 parece ainda não ter cativado o coração dos usuários. Pelos menos até agora. Isso porque na última quinta-feira (19), a Intel revelou como seus futuros processadores prometem revolucionar os desempenhos das máquinas equipadas com a última versão do sistema operacional da Microsoft.

Durante o evento Architecture Day 2021, a Intel afirmou estar trabalhando ativamente com a Microsoft para extrair todo o potencial das futuras CPUs Alder Lake. Basicamente, os processadores utilizarão núcleos de desempenho poderosos junto de núcleos eficientes, dependendo das tarefas executadas pelo usuário.

A lógica é simples: as CPUs Alder Lake vão usar os núcleos de desempenho quando a máquina exigir muito poder de processamento, e os núcleos de eficiência para tarefas menos pesadas. Isso não só vai otimizar a perfomance geral da máquina, como também será capaz de reduzir o consumo de bateria — consequentemente aumentando a vida útil de dispositivos móveis.

Processadores Alder Lake da Intel

Futuros processadores da Intel devem ser lançados ainda neste ano. Divulgação: Intel

Mas e o Windows 11?

Para que a “Arquitetura Híbrida de Desempenho” dos processadores Alder Lake funcione bem, eles precisam saber quais tipos de tarefas o usuário vai executar em seu PC, e é aí que entra o Windows 11. Na prática, um recurso do Alder Lake chamado Thread Director vai trabalhar com o agendador de thread do Windows 11 para distribuir as tarefas entre os núcleos de eficiência ou desempenho.

Não à toa, a própria Intel chegou a afirmar que para habilitar esse nível de coordenação refinada para performances reais, a companhia tem trabalhado em conjunto com a Microsoft para habilitar esse “recurso revolucionário” no próximo lançamento do Windows 11.

A parceria também foi confirmada por Mehmet Iyigun, Gerente de Desenvolvimento de Parceiros da Microsoft. Segundo o executivo, ambas as big techs tem trabalhado em estreita colaboração durante o desenvolvimento do Windows 11 para fazer com que o sistema operacional “aproveite ao máximo a ‘Arquitetura Híbrida de Desempenho'”.

Ilustração do Windows 11 em computador

Novo sistema operacional da Microsoft promete otimizar performance de dispositivos equipados com processadores Alder Lake. Divulgação: Microsoft

Bom para os dois

A notícia, na verdade, indica que possivelmente os futuros PCs e notebooks munidos dos processadores Alder Lake da Intel virão com o Windows 11 pré-instalado, em uma relação, de certa forma, de codependência. Mas fato é que a parceria anunciada será positiva para ambas as empresas.

Para a Microsoft, isso servirá como chamariz para os usuários da marca: a empresa poderá provar que o novo sistema operacional não se trata de uma simples atualização do Windows 10, e sim, de um salto revolucionário em questões de desempenho, agregando valor ao upgrade.

Já para a Intel, uma nova linha de CPUs quer permite otimizar a performance das máquinas e prolongar a vida útil das baterias de dispositivos podem significar um novo caminho para que a companhia consiga recuperar parte dos usuários que migraram para a AMD, sua maior rival no mercado.

Fonte: TechRadar

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