A novela da falta de insumos para a fabricação de chips no mercado de tecnologia promete se estender para muito além do previsto. Depois de uma possível normalização ser apontada para meados do ano que vem, uma nova previsão indica que a produção desses componentes pode não voltar aos trilhos até 2023.

Fatores como a pandemia e a própria falta de materiais necessários tem devastado o setor de semicondutores, afetando desde a produção de consoles da nova geração e celulares até a montagem de carros e placas de vídeo.

Agora, em entrevista à Bloomberg, um dos executivos do braço de semicondutores da Toshiba afirma que a situação da oferta de chips deve ficar muito prejudicada até pelo menos setembro de 2022 e que mesmo em 2023 não será possível atender toda a demanda da indústria e dos consumidores.

A falta de chips impacta todo o mercado

Enquanto Google e Intel correm para produzir seus próprios chips e a Apple aproveita sua proximidade dos fornecedores para reservar grande parte da produção deles para si, outras empresas estão sentindo o peso desse cenário tão desfavorável.

A General Motors já avisou que irá reduzir drasticamente a fabricação de carros pela falta de chips, enquanto marcas como Samsung e OnePlus se deparam com a ingrata escolha entre produzir os populares smartphones de entrada ou guardar insumos para aparelhos de ponta – mais caros, mas com menor adoção pelos consumidores.

chips

Reprodução: Jeremy Bezanger/Unsplash

Quem busca um PlayStation 5, Xbox Series X/S ou Nintendo Switch também tem encontrado dificuldades, uma situação que parece se prolongar ao longo de todo ano de 2022. No final das contas, é o cliente final quem acaba pagando o preço de tudo isso.

Isso não só porque a alta demanda e baixa oferta faz com que as companhias aumentem o preço dos produtos para manter suas margens, mas também porque grupos de scalpers se especializam em comprar videogames e placas de vídeo de ponta assim que elas aparecem apenas para revender tudo a preços exorbitantes.

Fonte: Kotaku

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