O avanço dos NFTs no universo dos games tem apontado para um novo mercado em potencial e a Eletronics Arts (EA) parece estar ciente disso. Não à toa, a editora de jogos disse recentemente em conversa com investidores que tokens não fungíveis colecionáveis são “uma parte importante” do futuro da indústria de jogos.

Para quem não conhece, os NFTs nada mais são do que tokens gerados a partir de uma blockchain e atuam como selos para certificar que um determinado ativo é original. Os ativos vêm se tornando mais populares, ao permitir a comercialização de artes (físicas ou digitais), itens colecionáveis e diversos outros produtos.

No caso da EA, esses tokens poderiam ser incorporados aos pacotes de cartas de jogadores no modo Ultimate Team, do Fifa, gerando mais valor para os itens — e consequentemente para o jogo. Inclusive, a integração dos ativos com o famoso game de futebol parece ser algo requisitado pelos fãs da franquia.

“[Os jogadores] querem mais modalidades de jogo dentro do game, que vão além do ’11 contra 11′ do futebol”, reportou Andrew Wilson, presidente-executivo da EA. “Eles querem mais experiências digitais fora do jogo — e-Sports, NFTs, consumo esportivo mais amplo e querem que avancemos muito, muito rapidamente”, completou.

Ultimate Team do Fifa

Adesão aos tokens não fungíveis poderia levar NFTs para os cards do modo Ultimate Team. Divulgação: EA

Apesar das declarações empolgantes, o executivo mantém certa cautela e afirma que as ideias em torno do NFT ainda são “muito, muito iniciais” e vêm com “muito hype”. “Ainda é cedo para descobrir como isso vai funcionar”, alertou Wilson.

NFTs dividem opiniões

Embora o volume de negócios de tokens não fungíveis tenha crescido 704% no terceiro trimestre deste ano, há quem suspeite do real valor agregado desses ativos. Tanto que alguns designers de jogos entendem o NFT como mau negócio para o mercado de videogames em geral, polarizando opiniões no segmento.

Para a EA, uma possível adesão ao token implicaria em alguns impasses. Isso porque a Steam é uma das atuais distribuidoras do Fifa. O grande problema é que a plataforma informou que vai banir qualquer título que envolva blockchain ou negociações de NFTs e de criptomoedas — uma “sinuca de bico” para a EA.

Além disso, será necessário considerar como será o valor contínuo e a utilidade dos tokens, tendo em vista que os packs de cartas do modo Ultimate Team sofrem renovações de acordo com as temporadas esportivas, que basicamente impulsionam a maioria das atividades dentro do jogo.

Durante a conversa com os investidores, Wilson chegou a cogitar uma possibilidade de expandir o valor desses ativos ao longo do tempo. Mas isso deverá ser um assunto para algum momento do futuro, já que as prioridades parecem estar voltadas em ajustar e equilibrar as experiências dos players.

Fonte: BBC

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