A série de eventos posteriores — demissões, processo e cobrança por recursos antes gratuitos — à aquisição definitiva do Twitter por Elon Musk deu aos concorrentes não só a oportunidade de conquistar mais usuários, mas bater recordes. Um dos mais impulsionados pelo drama do Twitter foi o Mastodon, atual concorrente da rede social comandada pelo magnata.

Na manhã de segunda-feira (7), o marco histórico da rede — mais de 1 milhão de usuários mensais ativos — foi revelado pelo CEO e principal desenvolvedor Eugen Rochko.

Desde que Elon Musk se tornou proprietário do Twitter, Rochko viu quase meio milhão de usuários aderindo à rede desde 27 de outubro, passando de 60 — antes da data — para 80 registros por hora atualmente.

Muitos dos usuários do Twitter que têm migrado para o Mastodon alegam terem feito por preocupações em relação à funcionalidade, que pode mudar sob comando de Musk. Outros usaram o registro como forma de protesto contra as novas medidas, entre elas, a verificação paga, além da abordagem para moderar certas formas de sátira.

Para os familiarizados com ferramentas como hashtags, bookmarks, respostas e retweets, a experiência será semelhante ao Twitter. Embora muito se distancie em termos de como é gerida — além de ser livre de anúncios, a rede é open-source (código aberto) descentralizada, ou seja, distribuída por milhares de servidores organizados em torno de interesses e regiões geográficas, grande parte administradas por voluntários que unem seus sistemas individuais em uma federação.

Impulsionado pelo drama do Twitter, Mastodon bate 1 mi de usuários ativos mensalmente

Imagem: Tecmasters/Mastodon

Cada servidor pode limitar ou filtrar tipos indesejáveis de conteúdo, como violência gratuita e assédio, por exemplo, enquanto os usuários em qualquer servidor também podem bloquear e denunciar usuários a administradores.

A escolha do servidor pela web ou cliente móvel é realizado no momento da inscrição na rede social. A partir daí, os usuários do Mastodon podem trocar mensagens e links com outros do próprio ou de outros servidores da rede.

Concorrente do Twitter é open-source, descentralizado e tem apenas um funcionário

Impulsionado pelo drama do Twitter, Mastodon bate 1 mi de usuários mensais ativos

Imagem: Tecmasters/Mastodon

O Mastodon foi fundado em 2016 por Eugen Rochko, um programador nascido em Moscou e que vive desde os 11 na Alemanha, quando tinha 24 anos. Além de programar em casa com um modesto salário mensal de 2.400 (US$ 2.394,96), ele também é o único funcionário do projeto em tempo integral.

De acordo com uma postagem recente de Rochko, ele tem trabalhado de 12 a 14 horas por dia para acompanhar o fluxo de demanda, comprando hardware mais parrudos para atualizar o servidor de banco de dados da rede social.

A rede social sediada na Alemanha é apoiada por crowdfunding e uma pequena doação da Comissão Europeia, e tem entre suas vantagens a descentralização, que não permite ser governada por uma entidade central ou proprietário de servidor que queira impor sua vontade ou fechar a rede.

Impulsionado pelo drama do Twitter, Mastodon bate 1 mi de usuários mensais ativos

Imagem: Tecmasters/Mastodon

A característica também facilita cortar quaisquer laços com outro servidor caso este adote políticas que os demais considerem demasiadamente extremistas, além de ter o benefício adicional da redução de custos de despesas gerais e a impossibilidade de ser comprado por uma entidade, como Elon Musk.

 

Via TechCrunch

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