Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), o TecMasters convidou algumas executivas para falar sobre quatro temas de impacto: Tecnologia, claro, mas também Tendências, Desafios das empresas e, por fim — mas não menos importante — Liderança.

Esta é a segunda publicação da série de entrevistas, que começaram nesta terça-feira comemorativa e se estendem ao longo da semana. O assunto agora é: Desafios das empresas no mercado atual. O restante da conversa, você poderá acompanhar ao longo dos próximos dias.

Se perdeu o primeiro papo sobre tendências, segue o link:

E agora, vamos falar de negócios: quais os principais desafios enfrentados pelas empresas?

Um dos maiores desafios recentes, para todas as empresas, por certo foi a pandemia e os desdobramentos que com ela chegaram. Esse cenário é justamente o ambiente de especialidade da CoSafe, que fornece plataforma e aplicativo para melhor gestão de comunicação em decorrência de crises e incidentes.

Nesse sentido, Ana Flávia Bello, CEO LATAM da empresa, acredita que as corporações já entenderam hoje, mais do que nunca, que crises vão e vêm, sem se importar se o negócio é grande ou pequeno, se é de um segmento de mercado ou outro. Assim, para a especialista, o desafio hoje é a mudança de mentalidade.

“Neste momento, observamos uma corrida das organizações no sentido de consolidar seus comitês e desenvolver/aprimorar processos em gestão de crise. O grande desafio neste setor, ao meu ver, ainda é cultural. Muita gente ainda espera um incidente acontecer para então se preparar apropriadamente”, afirma ela, complementando que “as emergências não esperam para acontecer e estar preparado faz toda a diferença na contenção dos danos diante de uma crise.”

Ainda dentro do ponto “cultura”, a gestão de pessoas se sobressai e a retenção de talentos se torna ponto central. A tecnologia, nesse sentido, pode entrar no cenário para realizar tarefas operacionais do dia a dia e desafogar equipes de recursos humanos que, por sua vez, podem ser mais estratégicas e voltada a dados.

Outro desafio também que é impossível de não ser citado é a experiência dos colaboradores e dos candidatos, ou seja, é pensar e melhorar constantemente a experiência dos profissionais que se relacionam com a empresa, antes e após a contratação, buscando fazer com que o profissional tenha apenas impressões e sentimentos positivos em relação a empresa e sua marca”, acredita Mariana Dias, CEO e fundadora da Gupy, especializada em tecnologia para RH.

Para ela, atualmente é mais importante do que nunca promover a boa experiência para um candidato, já que o contrário pode torná-lo de ex-futuro funcionário a detrator da marca também como consumidor. “E o impacto disso pode se tornar enorme através das redes sociais, por exemplo”, completa.

Imagem vista da perspectiva de cima mostra uma mulher mexendo em um notebook ligado a outras duas telas, programando

Imagem: ThisisEngineering RAEng/Unsplash

Falando especificamente do setor de tecnologia, a competição do mercado de talentos está cada vez mais acirrada não apenas no mercado interno, como também para com o exterior que contratam cada vez mais talentos brasileiros.

“É importante, cada vez mais, as empresas serem criativas, com benefícios diferentes como, por exemplo, jornada de quatro dias ou a adoção do anywhere office. São pontos que as empresas têm muita dificuldade implementar”, observa Natalia Garcia, CRO da Gama Academy.

A competição não se resume à contratação e retenção de talentos, mas também à proposta de valor que a empresa entrega com relação a produtos e serviços – afinal, se destacar em meio à multidão de empresas que fazem o mesmo é uma necessidade e um desafio na mesma proporção.

“Fazer um bom produto é e sempre foi um grande desafio – e vai continuar a ser. Mas ter um bom produto hoje é apenas metade do caminho”, afirma Guta Tolmasquim, fundadora e CEO da Purple Metrics. Para ela, há outras formas de retenção que precisam ser pensadas e implementadas para manter o cliente ativo e engajado.

“Não é só sobre ter o melhor código, mas sim sobre o que faz você ser único e especial como empresa”, argumenta Guta, corroborando também com as outras entrevistadas sobre promover um ambiente que seja também atraente para talentos. “O que tenho de único pra alguém trabalhar aqui, ou para um consumidor para me considerar?”, questiona.

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