O governo da Coreia do Sul tomou uma providência para banir games blockchain das lojas de aplicativos Google Play Store e Apple App Store. Pediu às big techs que bloqueiem games que exigem compras de NFTs para funcionar.

Em uma segunda medida, ainda mais eficiente, a Coreia do Sul retirará a classificação de idade dos games blockchain. A indicação etária é necessária para comercializar produtos nas lojas do país. A decisão vale para títulos atuais e futuros lançamentos.

Os NFTs, tokens não-fungíveis, são itens únicos digitais autenticados em blockchain. Os games que utilizam a tecnologia têm se tornado cada vez mais populares no modelo play-to-earn (jogar para ganhar). Desenvolvedores e plataformas se dividem entre adotar ou proibir esse tipo de jogo.

A preocupação do governo coreano com esse tipo de game é associada à proibição de jogos de apostas no país. A modalidade é regulamentada rigidamente no país com prêmios sendo limitados a 10.000 Won, moeda da Coreia do Sul que equivale a R$ 47.

Coreia do Sul não regulamenta criptomoedas

O mercado de criptomoedas não é regulamentado na Coreia do Sul e está em evolução no país. O comitê do governo afirmou que a decisão não é anti-blockchain, mas é contra games que possam criar especulação financeira.

Entre 2000 e 2005, o jogo Sea Story cresceu muito na Coreia do Sul e gerou as proibições de games de apostas. O jogo era um caça-níqueis que oferecia cartões presente para não ter regulamentação governamental. No entanto, os cartões eram trocados por dinheiro em lojas populares e favoreceram esquemas financeiros do crime organizado. Este seria um dos motivos que levou o governo a fiscalizar os games, afirma o GameRant.

Outros países já declararam intenção de regulamentar (ou até proibir) games com criptomoedas. Em 2020, a Bélgica e a Holanda baniram a maioria das recompensas em games e outras decisões menos restritivas aconteceram no Reino Unido e nos EUA.

A discussão sobre a regulamentação de criptomoedas também divide países. Enquanto a China e a Índia querem banir criptomoedas, e possivelmente criar uma estatal própria, a Suécia quer bani-las por medo dos riscos ambientais do excesso de energia necessário para minerar. Já El Salvador criará uma cidade blockchain, para atrair turistas ao país.

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