Quando procuramos investir na própria carreira, normalmente voltamos as economias para a aquisição de cursos, plataformas de aprendizado e uma enxurrada de conteúdo, e muitas vezes nos esquecemos de garantir o equipamento necessário para aprimorar essa experiência.

Com a programação, o cenário não é diferente. Sua ferramenta principal é o computador, mas como fazer essa escolha entre tantas opções? Inicialmente, é preciso entender quais são as necessidades e atividades mais recorrentes de um programador, para depois determinar quais são os componentes que devem receber mais atenção do que outros. Sendo assim, considere os pontos a seguir.

– O programador lida constantemente com escrita e leitura de dados no dispositivo de armazenamento, então isso deve ser considerado uma prioridade.
– Frequentemente, o processador se encarrega de boa parte da demanda de projetos, por isso também é crucial para uma boa experiência.
– Avaliar a importância da portabilidade é inevitável. Você pretende trabalhar em ambiente fixo ou quer levar seu trabalho por onde for?
– Por fim, o objetivo da programação. A reflexão deve levar em conta o sistema operacional, então a melhor alternativa seria Windows 10, Mac ou Linux?

Usando notebook

Fonte: VisualHunt

Portabilidade: Notebook ou Desktop?

Começando pela portabilidade, decidir entre um notebook e um desktop varia majoritariamente pelos seus hábitos de trabalho. Se você costuma viajar ou passar boa parte da rotina entre escritórios, enquanto dá continuidade a um projeto, o notebook é a melhor escolha. Contudo, escolhê-lo é renunciar à expansividade do desktop, consequentemente levando a uma menor vida útil.

Memória principal, armazenamento e CPU

Ao analisarmos as constantes atividades e tarefas do programador, é fácil entender que ter um processador eficiente, uma memória principal com folga e um armazenamento rápido são as maiores prioridades. Por muitos anos, a Intel se manteve como a escolha segura no mercado de CPUs, mas a AMD chacoalhou o cenário e introduziu a arquitetura Zen em 2017, o que culminou na incrível Zen 2 atual.

Processador

Fonte: VisualHunt

Para sintetizar o debate, discutiremos somente os lançamentos mais recentes (até o momento da elaboração deste texto). Nas melhores opções, descartando os processadores de entrada até os Intel Core i3 e Ryzen 3, temos as variações intermediárias das linhas principais da Intel e da AMD. Do lado azul, o Intel Core i5 de 10ª geração; do outro, o Ryzen 5 3600, ambos cumprindo seu papel com excelência.

São processadores com alta frequência-base e boa versatilidade na quantidade de núcleos e threads. A maioria dos produtos considerados superiores também atenderá bem às necessidades, mas cogite-os somente se o orçamento permitir. Vale pesquisar o comportamento de cada uma das CPUs nas suas aplicações mais utilizadas — a que melhor o atender vai ser a sua melhor aquisição.

A memória principal é um importante componente do computador. Programadores precisam ter margem para testar suas aplicações — tarefa que exige puxar conteúdo da memória secundária para a principal rapidamente — e, por isso, é recomendado que o computador esteja acima do padrão. 8 GB de memória DDR4 é um valor aceitável; 16 GB são a perfeita zona de conforto.

Memória RAM

Fonte: KaBuM!/Reprodução

Considerando a mesma demanda, o armazenamento não pode interromper seu trabalho. A experiência mais agradável são os tão desejados SSD M.2, mas podemos considerar também SSDs de entrada SATA, significativamente mais acessíveis. A terceira e última opção são os convencionais HDDs, uma alternativa viável, mas que prejudicará a experiência ao longo do tempo.

GPU e sistema operacional

Se tiver escolhido um processador Ryzen sem vídeo integrado ou pensado em ter um computador pronto para desenvolvimento de games (em motores como Unreal Engine ou Unity), uma placa de vídeo é indispensável. O componente lida com os gráficos na tela e livra o CPU e a memória RAM dessa tarefa, dando maior margem de performance.

A escolha varia de acordo com as suas necessidades e o seu bolso, mas o PC para programação não exige as caríssimas GPUs das máquinas gamers. Os motores gráficos tendem a não ser tão pesados, então optar por uma Nvidia GeForce GTX 1660 (ou superiores) ou uma AMD RX 5600 XT já é o suficiente.

Placa de Vídeo 1660TI

Fonte: Nvidia/Divulgação

Partindo para o SO, devemos considerar seu foco na área de programação. Normalmente, programadores preferem ter um computador equipado com uma distribuição Linux pela praticidade, mas programas na linguagem Swift rodam melhor em Mac, e a interface gráfica do Windows 10 é indispensável para muitos. Nesse caso, analise suas necessidades: você pode poupar uma graninha da licença do Windows ao utilizar o Linux, adquirir uma licença ou ter os dois por dual-boot.

O momento ideal para investir

Um computador para programar não é um custo, e sim um investimento. Se você estiver decidido a seguir essa carreira, atender clientes e aprimorar seus conhecimentos, o orçamento deve ser encarado com seriedade. Descontos são bem-vindos, portanto é importante estar atento a períodos especiais de descontos, como Black Friday, feriados de fim de ano e oportunidades-relâmpago para garantir o menor preço possível.

Outra dica de ouro é ter o app do KaBuM! instalado no celular, para garantir notificações e acesso rápido às páginas de compras dos lançamentos ou das promoções.

Por: Igor Almenara

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