No fim de novembro, quando a OpenAI lançou o popular ChatGPT, um chatbot que usa inteligência artificial para interagir com humanos de forma realista, a aplicação alcançou os surpreendentes 1 milhão de usuários em menos de uma semana, segundo a Fortune. Embora represente um fenômeno, o cofundador e CEO Sam Altman disse que o modelo criado é um “produto horrível”, reconhecendo as inúmeras falhas e citando suas quedas em uma recente entrevista.

“As pessoas estão realmente apenas indo para um site que às vezes funciona e às vezes está fora do ar”, disse Altman no podcast de tecnologia Hard Fork, do New York Times, citando as mensagens de erro frequentes do ChatGPT.

“Elas estão digitando algo, estão tentando até acertar, e depois copiam essa resposta e vão colá-la em outro lugar — e depois voltam e tentam integrá-la com os resultados da busca ou com seus outros fluxos de trabalho”, acrescentou ele, parecendo fazer referência ao design simplista do produto.

CEO da OpenAI diz que ChatGPT é um 'produto horrível'

Imagem: Zac Wolff/Unsplash

O também cofundador da OpenAI, Greg Brockman, disse recentemente que o lançamento atual do ChatGPT foi algo como um último recurso para a empresa após problemas internos com os testadores beta.

Apesar da forma alegadamente aleatória como a tecnologia foi lançada, o ChatGPT tem atraído a atenção das pessoas, que têm visto tanto valor no produto que estão dispostas a tolerar tais falhas, quanto investimentos bilionários de uma empresa da Big Tech.

Embora surpreenda, a autocrítica de Altman é realista, visto que sistemas de IA trazem consigo muitas falhas, principalmente ligadas à produção de desinformação e conteúdo de caráter preconceituoso.

Recentemente, o bot que tem desempenhado até trabalhos humanos, da escrita de notícias a linhas de código, também demonstrou capacidade de rejeitar certos pedidos, como escrever código malicioso, embora seus atores tenham contornado a recusa do bot.

CEO da OpenAI diz que ChatGPT é um 'produto horrível'

Imagem: Check Point Research

Apesar de ser um “produto horrível”, Altman também admitiu que o ChatGPT é “legal, sem dúvida”. “As pessoas realmente o adoram, o que nos deixa muito felizes. Mas ninguém diria que isso é como um produto grande e bem integrado ainda… mas há tanto valor aqui que as pessoas estão dispostas a suportar isso”, disse em entrevista ao Hard Fork.

 

Via Business Insider

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