A saga contra trapaceiros continua. Depois de banir mais de 500 mil cheaters, desenvolver um sistema anti-cheat e, ainda, processar uma empresa especializada na venda de software para criar métodos de trapaça ao jogar Call of Duty, agora a Activision está atrás dos cheaters na vida real.

A desenvolvedora entrou com um pedido em um tribunal da Califórnia para intimar 15 empresas de tecnologia – incluindo Twitter, Reddit, Google, Paypal, Discord e Coinbase.

 

Techs na guerra contra cheats de Call of Duty

Basicamente, o que a Activision quer com a intimação é conseguir ajuda.

A solicitação feita pela empresa é um desdobramento do processo iniciado contra a EngineOwning, companhia com sede na Alemanha e especializada na venda de cheats para jogos — Cod é apenas um dos que a empresa fornece software de trapaça.

Acontece que, mesmo processando a companhia, ela quer mesmo é ir atrás de quem está nos bastidores do negócio. Assim, a ideia é fazer com que plataformas que tenham esses dados (como redes sociais e demais empresas de serviços listadas) sejam obrigadas judicialmente a identificar os nomes verdadeiros por trás dos arrobas de usuários que a Activision afirma estarem diretamente ligados à empresa alemã.

A batalha pode ser grande (e a trollagem também)

O entrave entre a Activision e a EngineOwning não é novo. Desde 2017, advogados da desenvolvedora teriam entrado em contato com os operadores do site para discutir sobre o negócio e resolver a disputa.

Mas os advogados afirmam que não apenas foram ignorados, como os criadores da EngineOwning teriam “trollado” a empresa montaram uma equipe de jogadores na Steam com o nome do escritório de advocacia.

Vale lembrar também que a guerra contra a venda de cheats não é travada apenas pela Activision. Outras desenvolvedoras estão criando mecanismos de antitrapaça, como a Ubisoft com o BattlEye, e também tentando caçar os fornecedores no mundo real.

Take-Two, Epic Games e Bungie são apenas algumas de outras gigantes do mercado que já levaram fornecedores de cheats aos tribunais — mesmo que ainda sem muito sucesso.

Em junho passado, por exemplo, a Bungie processou a empresa AimJunkies por violação de direitos autorais e de marca registrada. A companhia, por sua vez, aparentemente estava disposta a cooperar, tendo retirado os cheats de Destiny 2 do site, o que seria parte do acordo entre as empresas para cessar fogo.

Foi quando a Bungie foi atrás dos fornecedores no mundo real e o caso teve uma reviravolta.

Conclusão: agora, a AimJunkies argumentou que a Bungie teria utilizado a lei indevidamente, apenas como uma desculpa para perseguir os donos do negócio, e ainda afirmaram que “cheating não é contra a lei”.

Via: Axios e TorrentFreak

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