O Brasil lidera o ranking de empresas mais inovadoras da América Latina, respondendo por mais de um terço das companhias listadas na terceira edição do estudo State of Innovation, da Visa, divulgados nesta terça-feira (15).

Ainda de acordo com dados do levantamento, as companhias do País tendem a ter mais parcerias com startups e são mais propensas a ter um investimento direto ou parcial — o que pode justificar o impulso na digitalização de negócios localmente.

A pesquisa foi conduzida pela Americas Market Intelligence (AMI) no período de maio a novembro de 2021 e envolveu a avaliação de mais de 100 empresas da América Latina com base em cinco pilares de inovação: suporte interno para a inovação, colaboração externa, execução, uso de tecnologia e capacidade de escala.

As empresas participantes foram classificadas em cinco estágios de inovação: inicial, em desenvolvimento, intermediário, avançado e inovador nato/maduro. O estudo incluiu entrevistas com CEOs, COOs, CTOs e fundadores de empresas.

Investimento em tecnologia e inovação

O estudo aponta um claro desenvolvimento e aceleração em termos de inovação e tecnologia na América Latina. Enquanto que em 2020 as empresas concentram-se em migrar para canais móveis e digitais em decorrência dos desafios apresentados pela pandemia, a pesquisa referente ao último ano aponta que, hoje, as companhias estão em outro nível: o de trabalhar para solucionar as barreiras estruturais que atrapalham a digitalização.

Assim, o percentual de participantes que foram classificadas como em estágio “avançado” de inovação cresceu no que foi considerada a maior alta, subindo de 17% para 23% em relação a 2020.

Além disso, o número médio de Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs) das empresas pesquisadas também registrou aumento de 53% em relação a 2020.

De acordo com o estudo deste ano, as 30 empresas mais inovadoras da América Latina formam um grupo bastante diversificado. As nativas digitais representam 46% do total, enquanto as tradicionais de emissão, comércio e aceitação respondem pelos 54% restantes, demonstrando que muitas organizações mais antigas se reinventaram adotando modelos inovadores.

Considerando as tecnologias de maior investimento no período estão as focadas em trazer melhorias à segurança e as que viabilizam boas experiências aos clientes. Nesse sentido, biometria, tokenização e Inteligência Artificial (IA) para detecção de fraudes foram as tecnologias com o maior aumento no uso (74%) no ano passado na comparação com 2020, com autenticação facial a aplicação mais usada (63%).

A IA também está sendo bastante aplicada, em conjunto com machine learning (ML), para entender mais profundamente seus clientes e criar experiências personalizadas e individualizadas. O uso de IA aumentou em todas as entidades pesquisadas no ano passado e quase todas as empresas mais inovadoras adotaram IA e ML em alguma medida.

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