Bill Gates, cofundador da Microsoft e da Fundação Bill e Melinda Gates, acredita que o metaverso é uma tendência que realmente veio para ficar — ao menos quando o cenário engloba reuniões virtuais.

“Nos próximos dois ou três anos, prevejo que a maioria das reuniões virtuais sairá dos grids de câmeras 2D — que chamo de modelo Hollywood Squares, embora eu entenda que isso [essa expressão] denuncia a minha idade — para o metaverso, um espaço 3D com avatares digitais”, escreveu Gates em seu blog.

O executivo salienta que o conceito, criado originalmente pelo escritor Neal Stephenson está sendo bem demonstrado nos últimos meses pela Microsoft, que pretende levar o assunto para o universo dos games e para o Xbox; e pela Meta de Mark Zuckerberg, cujo trabalho difere um pouco das ideias da empresa de Redmond.

Bill Gates sentado em uma cadeira, segurando controles e um óculos de realidade virtual na cabeça

Imagem: Reprodução/GatesNotes

Para Gates, o futuro do trabalho pode ser impactado pelo impulsionamento do metaverso, com pessoas podendo usufruir dos mundos virtuais para trabalhar (claro), mas também para jogar e socializar.

“Existem várias empresas trabalhando em avatares 3D e recentemente tive a oportunidade de testar alguns de seus protótipos. Fiquei super impressionado com o que vi”, contou.

Mais motivos para o metaverso ser uma realidade

Outro motivo que o executivo cita para justificar sua crença com relação ao metaverso é a evolução das tecnologias disponibilizadas nos últimos anos, como o áudio espacial, “onde a fala soa como se realmente viesse da direção da pessoa que está falando”, pontuou.

“Você não percebe como é incomum ter o áudio da reunião vindo apenas do alto-falante do seu computador até que você tente outra coisa”, disse.

Para o executivo, “ainda há algum trabalho a ser feito”, mas estaríamos, mais do que nunca, próximos ao limite em que a tecnologia finalmente poderá replicar de forma fiel “a experiência real de estarmos juntos no escritório”, escreveu.

Esse tipo de áudio citado por Gates pode ser visto atualmente em casos de uso como o Projeto Starline, desenvolvido pelo Google e que prevê justamente uma conversação diferenciada, em um modelo que ficou conhecido popularmente como “conversa holográfica”.

Imagem demonstra como seria um bate-papo entre duas pessoas usando o sistema do Projeto Starline, do Google

Na imagem, homem demonstra como seria um bate-papo usando o sistema “holográfico” do Projeto Starline, do Google – Imagem: Reprodução/Google

Na visão de metaverso possível de Gates, as conversas ainda irão exigir, no entanto, que as pessoas utilizem gadgets para se conectar ao mundo virtual, como óculos de realidade virtual, bem como fones de ouvido e luvas equipadas com sensores — basicamente uma armadura completa para entrar no mundo digital.

“A ideia é que você acabe usando seu avatar para se encontrar com pessoas em um espaço virtual que replique a sensação de estar em uma sala real com elas”, disse.

Durante o post de blog, que resumia a visão dele sobre os grandes desafios e também sobre as oportunidades que passaram por 2021, o executivo também argumenta que o fato de a pandemia de Covid-19 ter acelerado antigas tendências — como a adoção em massa e a transformação do local de trabalho com o home office —, é mais uma alavanca para o metaverso existir e ser amplamente adotado.

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