Atualmente, as baterias mais utilizadas são as de íon-lítio. No entanto, especialistas buscam um substituto para essa tecnologia. Um dos candidatos é o lítio-enxofre que conta com um potencial significativo, além de conseguir armazenar até cinco vezes mais energia.

Pensando nisso, cientistas australianos criaram um design para essa arquitetura de bateria que envolve a adição de açúcar para resolver problemas de estabilidade. Em teoria, esse movimento mantém as células experimentais funcionando por mais de mil ciclos.

Os cientistas trabalham no potencial das baterias de lítio-enxofre há algum tempo. No entanto, aplicações convencionais ainda não são possíveis por conta de um problema em torno de estabilidade.

Isso porque, conforme o eletrodo de enxofre positivo da bateria se expande e se contrai durante o carregamento, ele está sujeito a um estresse significativo, fazendo com que se deteriore rapidamente. Além disso, o eletrodo negativo fica contaminado por compostos de enxofre.

Resolvendo parte do problema do enxofre

Para tentar resolver a questão, o que os pesquisadores australianos fizeram foi desenvolver um agente de ligação especial que cria um espaço extra ao redor das partículas de enxofre.

Isso significa que elas têm mais espaço para se expandir com segurança durante o carregamento. O resultado é que uma bateria de lítio-enxofre de alta capacidade pode sobreviver a mais de 200 ciclos.

O açúcar atua como uma espécie de teia, formando microestruturas que ajudam a regular o comportamento dos polissulfetos, fenômeno de liberação de cadeias de enxofre.

“Assim, cada carga dura mais, estendendo a vida útil da bateria. E a fabricação de baterias não requer materiais exóticos, tóxicos ou caros”, revela Yingyi Huang, um dos responsáveis pela descoberta.

Antes que as baterias sejam implementadas em smartphones e veículos elétricos, no entanto, ainda há problemas a serem resolvidos. Porém, os cientistas acreditam que, com o tempo – e muito trabalho -, as questões podem ser melhor trabalhadas – e a bateria pode chegar ao mercado.

Via: New Atlas

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