[Atualizado em 4/7/2023] Desde a publicação desta matéria, muita coisa aconteceu: o Bluesky nasceu e cresceu, o Instagram anunciou uma nova rede para competir com o Twitter, que por sua vez teve ainda mais controvérsia envolvendo a marca. Em nossa revisão do artigo, inserimos as novidades nas primeiras ocorrências.

Então…Elon Musk comprou o Twitter, efetivamente dando fim a uma novela que envolveu ele fazer uma proposta, tentar fugir da proposta, ser judicialmente forçado a cumprir a proposta e…iniciar a sua gestão cobrando por serviços de base, levando um processo trabalhista dos bem grossos e causando o êxodo de muita gente importante para a plataforma – influenciadores e anunciantes. Detalhe: o homem tomou posse há apenas duas semanas.

Se você, como muita gente, começa a se perguntar se valerá a pena continuar no Twitter com os caminhos que a plataforma parece estar tomando, bom, não podemos tomar essa decisão por você. Mas caso você opte por deixar para trás o “passarinho azul da internet”, o TecMasters reuniu algumas opções para saciar a sua vontade de socializar digitalmente por aí.

Imagem mostra silhueta do rosto de Elon Musk com o logotipo do Twitter ao fundo

Imagem: SEO Journal/Reprodução

As 5 melhores opções para quem quer sair do Twitter

Threads

Threads é a mais nova rede social a tentar desafiar a hegemonia do Twitter no ramo dos microblogs – e provavelmente a que tem mais chances, já que quem manda nela é a Meta – dona do Facebook, Instagram e WhatsApp.

Até agora, apenas a confirmação de que a plataforma existe e que será oficialmente lançada na próxima quinta-feira (6) estão disponíveis, mas algumas pessoas que tiveram acesso antecipado ao aplicativo afirmam que ele tem uma lista…bem extensa de dados a serem coletados (via Nucleo Jornalismo) – mas a boa notícia é que você é quem controlará as permissões a essas informações (ao menos, no iOS).

Segundo a sinopse publicada pela Meta na App Store:

“O Threads é onde as comunidades se reúnem para conversar sobre tudo, dos tópicos importantes para você hoje até o que estará em alta amanhã. Não importa o seu interesse, você pode seguir e se conectar com seus criadores de conteúdo favoritos e outras pessoas com as mesmas paixões — ou criar um público leal para compartilhar suas ideias, opiniões e criatividade com o mundo.”

Por ora, não dá para saber o que o Threads oferece para se contrapor ao Twitter. Atualmente, as páginas do app nas duas lojas principais do mercado não fazem menção aos seus recursos e, no caso do Android, ela só aparece em lojas nos países europeus, nada de Brasil.

Imagem mostra série de capturas de tela mostrando o Threads em funcionamento no iPhone

Imagem: Meta/Reprodução

Bluesky

Na primeira versão desse artigo, o Bluesky ainda era um projeto idealizado pelo ex-Twitter Jack Dorsey. Meses se passaram e, veja só, o “céu azul” veio, foi, baixou o hype e, graças às recentes controvérsias envolvendo Elon Musk e a rede social com o símbolo do passarinho azul, recuperou a atenção do público, atualizando seu cliente principal repetidas vezes ao longo das duas últimas semanas.

O Bluesky tem um funcionamento bastante parecido com o Mastodon (logo abaixo): usando um protocolo conhecido como “AT” (inglês para “transferência autenticada”), você se conecta a servidores que tratam de interesses específicos, se conectando a amigos e seguidores com interesses similares.

A navegação ainda é um pouco confusa e o volume de usuários – embora em uma momentânea “alta” que fez o Bluesky até paralisar novos cadastros por um breve período – é relativamente baixo. Ainda assim, a empresa mostra sinais de crescimento e pode vir a se tornar uma opção bem popular, especialmente se os maiores entusiastas da defesa da privacidade de dados (e aqueles que abominam a exibição excessiva de anúncios) advogarem em favor dele ao invés do Threads.

Imagem mostra tela de perfil no Bluesky

Imagem: TecMasters/Reprodução

Mastodon

Começando pela mais óbvia, a plataforma chamada Mastodon vem tirando ótimo proveito desde que Elon Musk chegou ao Twitter. Segundo perfis como “Mastodon User Tracker” e “Bitcoin Hackers”, além do próprio criador – Eugen Rochko – a rede social lançada em março de 2016 aumentou exponencialmente sua adoção pública, amealhando mais de 100 mil novos usuários desde que as conversas sobre a aquisição do Twitter começaram (a maior parte, aliás, foi nas últimas semanas).

Essencialmente, o (sim, é masculino) Mastodon é um software aberto, gratuito, capaz de rodar funções básicas de socialização digital, com uma leve capacidade de postagens em microblogs. Esta é a definição do Twitter, e por isso o Mastodon geralmente é a primeira opção na mente de quem quer largar o “passarinho azul”, mas gostaria de algo com funções similares.

Existe uma tecnicidade ao redor do Mastodon que pode confundir os mais casuais, mas é tudo mais simples do que parece: na prática, o Mastodon funciona dentro de algo chamado “Fediverso”, onde a coisa avança como se fosse um sistema normal de e-mails. Cada servidor do Mastodon roda o mesmo software, e estes servidores conversam entre si, ampliando a capacidade de socialização dos usuários.

Na prática, cada servidor representa uma comunidade, com seus usuários reunidos ao redor de um interesse comum: digamos que você seja um fã de RPGs de mesa ou jogos de corrida. Tudo o que você precisa fazer é encontrar servidores que atendam a essas preferências e se unir. Não há necessariamente impedimentos relacionados a quantas comunidades você pode ingressar, mas é válido ressaltar que o crescimento súbito recente resultou em carregamentos mais lentos e algumas quedas, que os gestores prometem estar resolvendo.

Mastodon

Imagem: Mastodon/Reprodução

Counter Social

O Counter Social foi criado por Jay Bauer, um desenvolvedor de software da Ambit. Segundo ele, a plataforma tem por regra máxima: “sem anúncios, sem abuso, sem trolls, sem fake news, sem operações estrangeiras”. Este último, caso tenha ficado em dúvida, refere-se a ações desempenhadas por países mais hostis para gerar desinformação e manipulação pública.

Visualmente, a plataforma se apresenta em cinco colunas, com a primeira sendo destinada a postagens curtas de até 500 caracteres (ou “toots”), enquanto as outras podem ser customizadas para exibir a linha do tempo com postagens mais recentes de comunidades seguidas ou dos seus amigos.

Ah, e o Counter Social também promete não fazer mineração e coleta de dados – algo que certas redes por aí adoram fazer.

Counter Social

Imagem: Counter Social/Reprodução

Tribel Social

Assim como o Counter, a Tribel Social se posiciona como uma rede com tolerância zero a discursos abusivos, apelidando-se a “rede social mais inteligente e bacana”. Recentemente, porta-vozes do site falaram ao The National sobre como “ao contrário do Twitter de Elon Musk, nós não colocamos faturamento publicitário acima da decência e da verdade“.

Aqui, toda a plataforma é desenvolvida para gerar engajamento de formas simples, permitindo que suas postagens alcancem – por meio de tags específicas – um volume rápido de membros, seja por inclusão de relevância (conteúdos favoritos seus, por exemplo) ou de forma generalizada, podendo até ser feita uma exclusão de temas mais pessoal à sua preferência.

Tribel Social

Imagem: Tribel Social/Reprodução

Reddit

CALMA! Nós sabemos que o Reddit está entre nós há tempos, mas existe uma razão para listarmos o mais conhecido fórum online aqui: muita gente usa o Twitter para buscar notícias de relevância, com apuração e pesquisa. Com a entrada de Elon Musk, um dos medos generalizados é que isso vire apenas um “a verdade pertence a quem pagar mais por ela”.

Uma opção para contornar isso é o Reddit: pense nele como o mural de newsletters da sua faculdade, só que pelo computador. O fórum não é estranho a diversas notícias que pautam até mesmo a imprensa.

Embora não seja exatamente um feed de temas que você siga ou pessoas cujo conteúdo você aprecia, os subfóruns que você seguir podem lhe oferece uma página principal com uma curadoria de conteúdo bem trabalhada aos seus gostos, sem falar que o volume de discussão permite que você conheça outros pontos de vista e expanda seus argumentos e conhecimentos.

Reddit

Imagem: Reddit/Reprodução

Discord

Imagine que você mesmo possa criar um servidor próprio, colocando nele pessoas que compartilhem dos seus interesses, independente do que eles são? O Discord segue exatamente esta linha. Concebido como um app para você interagir com o chat durante transmissões na Twitch ou YouTube, o Discord evoluiu para algo que se sustenta sozinho em seus recursos – algumas empresas até o adotaram como ferramenta de team building, incomodando nomes grandes como Slack e Teams.

Tecnologicamente falando, o Discord é uma das opções mais avançadas: ele permite que você estabeleça regras para o seu servidor – ou obedeça às regras estipuladas nos servidores onde você entrar – e permite que você interaja com seus amigos por meio de texto, chat por voz e por vídeo. Mais além, ele hoje possui integrações diretas com o Steam, Xbox e PlayStation 4 – e rumores indicam que a integração para PlayStation 5 esteja a caminho.

Discord

Imagem: Discord/Reprodução

Para ficar de olho: Gabor Cselle

Uma opção ainda bem elusiva: “Gabor Cselle” é o nome do desenvolvedor que a está criando, enquanto o projeto em si ainda não tem um nome próprio. Gabor disse – ironicamente, pelo Twitter – que a lista de espera para ingresso inicial deve ficar disponível ainda esta semana, enquanto a reserva da sua “arroba” (@) poderá ser feita na próxima semana.

Gabor tem cacife para falar do assunto: anteriormente, ele trabalhou como diretor da Area 120, uma divisão do Google que funciona como incubadora de projetos criados pelos próprios funcionários da empresa de Mountain View. Ele também é o criador do ReMail (que foi comprado pelo Google) e da namo media (comprada pelo Twitter).

E você, vai continuar no Twitter na era Elon Musk? Se não, para onde você pretende seguir para seus desejos de interação social? Conte para a gente nos comentários!

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Lucas
5 de julho de 2023 07:44

Vão catar coquinho, vcs e a opinião de vcs!